E sua experiência num time do pro tour feminino, como foi e quais experiências você trouxe contigo?

Nossa, tanta coisa... Sinto que foi um presente que Deus me deu. Eu mereci estar ali, ja ralei e sofri muito no esporte e quando eu quero alguma coisa, não desisto por nada. Infelizmente cheguei la um pouco crua de experiências no ciclismo profissional e aprendi muito da forma mais difícil. Correr na Cylance foi, ate hoje, o maior desafio que ja vivi na vida. Tudo foi duro; as provas, a relação com diretor de equipe, a relação com as companheiras que nunca tinha visto na vida e que vinham de todos os cantos do mundo, a falta de casa e da minha comunidade... Eu estava sozinha na jaula dos leões. Mas queria muito estar la e tirei o melhor de tudo. Me entreguei de corpo e alma, dei o sangue em todas as provas pela minha equipe, ganhamos provas e criamos laços, entendi como funciona a cultura do ciclismo, qual a motivação de muitas delas, sonhei muito mais longe do que jamais imaginei, aprendi a sofrer de verdade e aprendi a gostar desse outro nível de sofrimento. Essa expansão de tantos limites vai ficar comigo para sempre e uso para meus novos desafios. Também trouxe comigo a consciência de que eu posso e devo fazer algo pelo meu esporte no meu pais. Desde que voltei tenho me envolvido com muitos projetos de formação de ciclismo, me engajei mais com a comunidade e enxergo com um amor enorme todos que fazem parte tanto do universo do ciclismo profissional, quanto do amador. Estamos todos conectados e so iremos evoluir se nos unirmos e trabalharmos muito!

part IX: Mayara Calado

Part VIII : Jennifer Antunes

June 27th, 2020

part VII - João Withaker

part VI - Fernanda Penkal

Part IV : Luca Glaser

June 27^th, 2020